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Balão que transportava 35 passageiros caiu em uma área rural de Capela do Alto, a cerca de 25 quilômetros de Boituva (SP), de onde saiu. Uma mulher morreu. — Foto: Letícia Paris/TV TEM
Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, morreu durante a queda de um balão em Capela do Alto (SP), no domingo (15). Ela fazia o passeio acompanhada do marido, Leandro de Aquino Pereira, em comemoração ao Dia dos Namorados. Juliana era psicóloga e natural de Pouso Alegre (MG).
O piloto do balão, Fabio Salvador Pereira, foi preso em flagrante por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo. Segundo a polícia, ele estava com a documentação irregular, além de ter licença apenas para voos particulares. Nesta segunda-feira (16), após passar por audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
Fabio vai responder por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo. Ele trabalha para a empresa Aventurar, que já havia sido lacrada anteriormente e que reabriu com outro CNPJ. A polícia não informou se também investiga a empresa.
Abaixo, veja o que já se sabe sobre o caso.
Um balão tripulado caiu na manhã do dia 15 de junho de 2025, na zona rural de Capela do Alto, interior de São Paulo. O acidente resultou na morte de uma mulher e deixou 11 pessoas feridas.
De acordo com o boletim de ocorrência, o acidente foi registrado por volta das 8h de domingo (15). O balão caiu na Estrada Municipal Vereador Geraldo Portela, no Distrito do Porto, em uma área descampada. Técnicos da perícia e do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) foram chamados.
Guardas Civis Municipais de Capela do Alto patrulhavam a região quando avistaram um balão a uma altura incomum. Ao se aproximarem, ouviram gritos de socorro e encontraram várias pessoas feridas. Os agentes prestaram os primeiros socorros, isolaram a área e acionaram o resgate. A GCM de Boituva ficou responsável por preservar o local para o trabalho da perícia, realizado pelo Instituto de Criminalística (IC).
Alguns passageiros relataram à polícia que o piloto ficou em pânico e perdeu o controle do balão. Em depoimento à polícia, ele disse que uma rajada de vento inesperada provocou o acidente e que alguns passageiros tentaram pular do balão.
Além disso, Fabio alegou que tentou pousar em locais aleatórios, como de costume; porém antes de tocar no solo, os passageiros tentaram pular do balão, que estava a alguns metros de altura.
Ainda conforme o BO, Fabio tentou pousar o balão em uma plantação de laranjas, considerada um local inadequado para esse tipo de operação. Durante a manobra, o balão colidiu com a plantação, provocando a queda de dois passageiros. Outras duas pessoas caíram em uma área cercada. Após a primeira queda, o balão subiu novamente, mas, na segunda tentativa de pouso, acabou preso em armações.
Balão com 35 pessoas cai no interior de SP — Foto: Arte g1
De acordo com o boletim de ocorrência, 35 pessoas estavam a bordo, incluindo o piloto e um ajudante. Inicialmente, a Prefeitura de Boituva havia informado que a capacidade do balão era de 24 pessoas, mas, conforme consta no BO, a capacidade máxima do equipamento é de 38 pessoas.
A vítima foi identificada como Juliana Alves Prado Pereira, psicóloga de Pouso Alegre, Minas Gerais. Há suspeitas de que ela estivesse grávida. A Secretaria de Segurança Pública informou que aguarda laudos para confirmar ou descartar a gestação.
Juliana foi socorrida e encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ainda não há informações sobre as causas da morter.
11 pessoas foram socorridas com ferimentos leves. As vítimas foram levadas para o pronto-socorro de Capela do Alto e para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS).
Conforme apurado pela TV TEM, as 11 pessoas receberam atendimento médico e foram liberadas entre domingo e segunda-feira.
O piloto tentou pousar em áreas inadequadas e não conseguiu controlar o balão, o que levou à queda. Além disso, o piloto disse em depoimento que uma rajada de vento inesperada pode ter contribuído para o acidente.
No entanto, ainda não há informações oficiais sobre o que causou o acidente. Técnicos da perícia e do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) foram chamados até o local e vão investigar as causas.
Não. O balão não estava vinculado ao 38º Campeonato Brasileiro de Balonismo, que acontecia em Boituva. O evento oficial cancelou seus voos devido às condições climáticas desfavoráveis.
O piloto trabalhava para a empresa Aventurar. Segundo a Confederação Brasileira de Balonismo, o balão não tem documento e essa mesma empresa já havia sido lacrada anteriormente e que retornou às atividades com outro CNPJ.
Conforme a prefeitura, essa mudança desrespeita as normas de segurança. O Executivo não deu detalhes das irregularidades, mas informou que o responsável legal pela empresa proprietária da aeronave, que é reincidente, ainda não havia se apresentado à polícia até a manhã desta segunda-feira.
De acordo com a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB), as irregularidades seriam a não documentação do balão, a falta de licença do piloto e ainda a construção do balão feita sem a qualificação necessária.
Nesta segunda-feira, a Secretaria Municipal de Segurança e a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos fazem uma reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, representantes da Associação de Balonistas e o departamento de fiscalização municipal, para definir medidas administrativas imediatas, incluindo a lacração da nova empresa, se for o caso.
Não. O piloto estava com a documentação irregular, além de ter licença apenas para voos particulares. Ele foi preso em flagrante.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Capela do Alto e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Exames periciais e laudos necroscópicos estão em andamento para determinar as causas do acidente.
A Confederação Brasileira de Balonismo informou que o balão que caiu “não faz parte do nosso corpo de atletas do balonismo de Boituva. Esse balão não tem documento, a prefeitura já fechou essa empresa algumas vezes e ela retorna clandestinamente”.
Durante o fim de semana, um campeonato de balonismo foi realizado em Boituva, cidade vizinha a cerca de 25 quilômetros de distância. A confederação relatou que o balão que caiu não tem relação com o evento.
Boituva é conhecida nacionalmente por ter um centro de balonismo e receber diversos eventos da modalidade.
“Não reflete em nada na nossa categoria e nem com o nosso campeonato”, esclareceu.
Ainda conforme a confederação, por causa do clima, profissionais que participavam do evento cancelaram todas as saídas na manhã e na tarde deste domingo em Boituva. A orientação para os baloeiros que fazem voos turísticos é para que também cancelem as atividades em dias com o tempo instável.
Fonte: g1 – sul de minas