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Adolescente apreendido durante operação feita em 7 estados guardava anotações de cunho nazista em Itajubá, MG

 

 

 

 

O adolescente de 15 anos que foi apreendido nesta quinta-feira (16) em Itajubá (MG) durante a Operação Bergon, deflagrada pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro contra um grupo extremista que fazia apologia ao nazismo, foi ouvido e liberado após ser levado para a delegacia da cidade.

Conforme a polícia, junto com o adolescente foram apreendidos canivetes, facas, cadernos com anotações de cunho nazistas e de incitação ao ódio, além de um computador.

Ainda segundo a polícia, outros envolvidos também já foram identificados na cidade, porém o caso ainda está em investigação.

Adolescente apreendido em Itajubá guardava facas e anotações — Foto: Polícia Civil

Adolescente apreendido em Itajubá guardava facas e anotações — Foto: Polícia Civil

 

 

 

 

Operação em sete estados

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta quinta-feira (16) quatro pessoas na Operação Bergon, contra um grupo extremista que fazia apologia ao nazismo e disseminava ódio a negros e a judeus em redes sociais. Os integrantes conversavam até sobre a compra de armas.

As prisões foram em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense; em Valença, no Centro-Sul do RJ; e em Campinas e Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. Lá, a polícia apreendeu facões, arco e fechas e livros sobre o nazismo.

Agentes saíram para cumprir, no total, quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Suspeito preso em Suzano tinha facões e livros sobre o nazismo — Foto: Reprodução

Suspeito preso em Suzano tinha facões e livros sobre o nazismo — Foto: Reprodução

 

 

 

 

Alerta dos EUA

As investigações duraram sete meses e começaram após um alerta do Cyber Lab e da Homeland Security Investigations (HSI), órgãos do governo dos EUA.

Ainda em maio, a partir dessas informações, agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) prenderam um suspeito. A polícia apreendeu com ele um computador, um telefone e quatro videogames. Na análise dos aparelhos, agentes da Dcav descobriram que ele mantinha contato com adultos e menores.

O suspeito integrava grupos de WhatsApp cujos membros se autodeclaram nazistas, ultranacionalistas e nacional-socialistas.

O nome da operação faz alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para abrigar crianças judias entre alunos católicos durante a Segunda Guerra Mundial, evitando que fossem capturadas pelos nazistas.

Em nota, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) disse que os policiais “agiram com precisão e rapidez e conseguiram reprimir, antes de qualquer acontecimento, ato terrorista”.

Confira abaixo a íntegra da nota:

Na FIERJ, desde as primeiras horas desta manhã, temos acompanhado, com a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público, a operação no nosso estado e os desdobramentos em outras unidades da Federação.

Alertados pelo Ministério da Justiça e Agências Internacionais, os policiais, após meses de investigação, agiram com precisão e rapidez e conseguiram reprimir, antes de qualquer acontecimento, ato terrorista.

Parabenizamos todos os envolvidos, que podem contar sempre com o apoio da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ).

Paralelamente, temos atuado para alertar que os discursos de ódio e a banalização do Holocausto, têm alimentado células nazistas, terroristas. São combustíveis para algo que não é da nossa cultura brasileira.

Seguiremos vigilantes, atentos às denúncias e à responsabilização dos envolvidos.

Questões como essa de hoje exigem investigação, inteligência e ação do aparato policial e posteriormente do MP e da Justiça.

Alberto David Klein

Presidente da FIERJ”.

 

 

 

 

Fonte: g1 Sul de Minas – 16/12/2021 14h33

 

 

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