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Polícia cumpre mandados em empresa de BH que em anúncio vetava ‘negras e gordas’

Oferta de emprego era da Home Angels BH Centro-Sul, que trabalha com serviço de cuidadores, e foi enviada à empresa de treinamento, que a repassou por meio de uma linha de transmissão do WhatsApp.

 

 

A Polícia Civil cumpre, na manhã desta sexta-feira (29), três mandados de busca e apreensão na sede da Home Angels BH Centro-Sul, na região central da capital mineira, empresa que vetava “negras e gordas” em processo seletivo para vaga de emprego.

De acordo com a polícia, a operação faz parte das investigações da denúncia de racismo depois que a cuidadora de idosos Eliangela Carlos Lopes, de 41 anos, foi à polícia para registrar um boletim de ocorrência sobre o anúncio.

Mensagem de empresa Home Angels foi repassada — Foto: Fernanda Spadinger/Arquivo pessoal

Mensagem de empresa Home Angels foi repassada — Foto: Fernanda Spadinger/Arquivo pessoal

Policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão na empresa Home Angels BH Centro-Sul — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão na empresa Home Angels BH Centro-Sul — Foto: Polícia Civil/Divulgação

“Únicas exigências: não podem ser negras, gordas e precisam de pelo menos 3 meses de experiência”, dizia o texto.

Os mandados são cumpridos em dois escritórios e na casa da proprietária da empresa. Até as 10h, de acordo com a polícia, seis celulares haviam sido apreendidos. A operação é coordenada por Rodrigo Bustamante, delegado geral de Polícia Civil.

G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Home Angels e, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

O caso

A oferta de emprego era da Home Angels BH Centro-Sul, que trabalha com serviço de cuidadores, e foi enviada à empresa de treinamento Leveza do Afeto, que a repassou por meio de uma linha de transmissão do WhatsApp.

Eliangela falou que se revoltou ao ler o texto. “Eu não preencheria a vaga por causa do meu tom de pele. Eu fiquei estarrecida, em estado de choque, com o meu coração dilacerado. Eu sou negra, de cabelo ruim, moradora de Ribeirão das Neves e estou com 41 anos. Que chance eu teria?”, questionou.

Ela disse que não precisava da vaga porque está empregada há dois anos no bairro Aparecida, na Região Noroeste da capital mineira, mas se colocou no lugar de colegas desempregados.

Fonte:  TV Globo — Belo Horizonte – 

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