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Safra de café arábica será até 39,1% menor em 2021, aponta previsao da Conab

Estimativa é que o preço da saca seja o maior dos últimos 4 anos

 

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma queda entre 32,4% e 39,1% na safra 2021 do café arábica em relação à safra passada. A estimativa, divulgada nesta quinta-feira (21), é que sejam colhidas entre 29,7 milhões e 32,9 milhões de sacas de café arábica este ano.

O levantamento também aponta que o preço do café arábica no mercado será o mais alto dos últimos quatro anos. A saca do produto chegou a ter um aumento de 22,6% durante o ano de 2020 e chegou a valer, em média, R$ 604,90 no mês de dezembro.

A expectativa total de produção de café no país, incluindo as variedades arábica e conilon, é de um volume total entre 43,8 milhões e 49,5 milhões de sacas de café beneficiado. Esses números mostram uma redução de 21,4% a 30,5% em comparação ao resultado da safra passada. A área destinada a produção também deve diminuir ficando em 1,7 milhão de hectares.

Para o presidente do Centro de Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), Archimedes Coli Neto, a expectativa no mercado é que a queda do café arábica seja significativa pela grande produção de 2020.

“Esse primeiro levantamento de safra da Conab vem ao encontro do que o mercado estava esperando. A diferença entre o máximo e o mínimo está muito grande [no levantamento da Conab]. Mas isso deve ser corrigido nas próximas estimativas”, disse.

Safra de café arábica será até 39,1% menor em 2021, aponta previsão da Conab — Foto: Reprodução/EPTV

Safra de café arábica será até 39,1% menor em 2021, aponta previsão da Conab — Foto: Reprodução/EPTV

 

 

 

Razões

Entre as razões apontadas para essa diminuição de produção está o diferencial produtivo negativo (ano de produção menor) e a seca prolongada durante a floração do cafeeiro. Para Archimedes, a seca e as chuvas atrasadas foram fatores naturais que interferiram na safra desse ano.

“Ainda tivemos uma seca que atrapalhou bastante a floração. E entre as lavouras que floraram houve muito abortamento. As chuvas realmente atrasaram bastante e isso prejudicou ainda mais a produção de 2021”, avaliou.

Mas ainda há fatores que podem interferir e melhorar a safra como as chuvas e os investimentos em novas tecnologias nas lavouras. Sobre os investimentos, o especialista em marketing e mercado de café, Paulo Henrique Leme, que também é professor na Universidade Federal de Lavras (Ufla), disse que muitos produtores aproveitaram os bons preços da saca e fizeram investimentos em lavoura e maquinário.

“A expectativa, portanto, é de aumento na qualidade global do café, aumento na produtividade. O produtor que conseguiu aproveitar esse momento de preço para se capitalizar e fazer investimentos na lavoura, deve colher os frutos nos próximos três a quatro anos já”, acredita.

Tanto Arquimedes quanto Paulo, garantem que o essencial ainda para 2021 será o enchimento dos grãos ainda no início do ano. “Por isso, é preciso que as chuvas sejam abundantes em janeiro e fevereiro. Somente a partir disso, a safra 2021 poderá ser pensada de fato”, disse Paulo.

Safra de café arábica será até 39,1% menor em 2021, aponta previsão da Conab — Foto: Reprodução/EPTV

Safra de café arábica será até 39,1% menor em 2021, aponta previsão da Conab — Foto: Reprodução/EPTV

 

 

 

 

G1 trouxe a opinião dos especialistas sobre a safra e de como a pandemia, a valorização ou desvalorização do dólar e a melhoria da qualidade da lavoura também influenciam na hora do mercado dar o preço da saca de café.

Minas Gerais

O Estado de Minas Gerais é o que mais produz café no país. Este ano a previsão é de 19,8 milhões e 22,1 milhões de sacas, ou seja, 42,8% a menos em relação ao último ano. Já o Espírito Santo, deverá produzir entre 3 milhões e 3,6 milhões de sacas.

A estimativa é que o Sul de Minas produza entre 10,1 e 10, 9 milhões de sacas este ano.

Safra de 2020

Considerada histórica por especialistas do setor, a safra 2020 teve números elevados em quantidade e qualidade. O clima ajudou com chuvas na hora certa. Além de um ano de bienalidade positiva (produção maior), os grãos também se destacaram pela qualidade.

estimativa era de colher cerca de 35 milhões de sacas. Só no Sul de Minas, seriam 17 milhões. O preço da saca do café comum também foi compensador ficando numa média que variou entre R$ 500 a R$ 700 durante todo o ano.

 

 

 

Fonte: G1 Sul de Minas – 

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